sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Eu amo o Natal!

Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador que é Cristo, o Senhor”. (Lucas 2.11)


Majedoura em Belém da Judeia
Há alguns anos foi publicado um curioso cartão de Natal com os dizeres: “e se Cristo não tivesse vindo?”

Falava de um pastor que adormeceu numa manhã de Natal e sonhou com um mundo para o qual Jesus nunca tinha vindo.

Em seu sonho viu-se andando pela casa, e não havia presentes... Mas o pior de tudo, não havia, Jesus para confortar, alegrar e salvar.

Saindo a andar pelas ruas, não havia igrejas; os hospitais e entidades de socorro, que foram criados, em todos os tempos por causa do enternecimento do coração dos homens pela vinda de Jesus, já não existiam. 

Voltou, então, para casa e sentou-se na biblioteca, mas os livros sobre o Salvador tinham desaparecido. 
Foi então à casa de um enfermo à morte para tentar confortá-lo, mas ao abrir a Bíblia, procurando uma promessa... Não havia Evangelho, nem promessa de Esperança e Salvação. 

O pastor só pode abaixar a cabeça... e romper em lágrimas e amargo pranto, em seu triste sonho. 

De repente, acordou ao som de um acorde e um grande brado de júbilo saiu-lhe dos lábios ao ouvir em sua igreja ao lado, o coro infantil cantar:

“Como são alegres, são alegres! Os sininhos do Natal
Que vão retinindo, retinindo
Neste belo dia sem igual”
(Texto inspirado  no Livro “Mananciais no Deserto”)

Ainda que ninguém saiba, exatamente o dia em que Jesus nasceu, eu tenho a plena convicção de que Deus se alegra por rendermos graças a Ele pela vinda de Jesus, o salvador ao mundo. 

Natal  no Japão - Nação não Cristã
www.uol.com.br

Em Atenas Paulo  usou a oportunidade para
evangelizar e não para execrar o evento
como fazem alguns nos nossos dias
O Natal é um dia em que até povos nãos cristãos param para refletir sobre: amor, fraternidade, compaixão e etc., portanto seria um boa oportunidade para cristãos fazerem conhecidos os ensinamentos do Messias de Belém e de sua linda mensagem de amor à humanidade.

 O problema em si não está no Natal e sim em um parte da cristandade que deturpa o seu sentido; mas como afirma um ditado popular: "Não deve jogar o bebê ralo abaixo,  junto com a água suja da bacia "  

Natal solidário no CIEP no bairro Surubi - Família Wesleyana
em Morada do Contorno marcando sua presença
Assim sendo, o que logicamente devemos saber discernir e saber separar é: gratidão e adoração de religiosidade vazia, de pretextos para estabelecimento de filosofia consumista.

Concluindo, que tal contribuirmos para um Natal que tem como exemplo, Jesus que estendeu a mão: 
Para os marginalizados, Mateus 8.2 ss;  para os que fracassaram, Mateus 14:31 ss

Crianças da IMW em Morada do Contorno
Visitando o Asilo Nicolino Gulhot Rodrigues em
Resende - RJ  

Feliz Natal!
 Que neste Natal nossas mãos sejam para acolher e não para afastar o próximo de nós.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

E você como tem servido a Deus?

Na mensagem de ontem com o título "Nos bons e nos maus momentos - Como você tem servido a Deus?" inspirada em Êxodo 17:4-15 onde encontramos as dificuldades vividas pelo povo de Israel e todas as suas reclamações por: falta de água, de comida e das batalhas que enfrentavam, afirmei em outras palavras, que de modo semelhante, tem gente hoje, que faz declarações de amor a Jesus nas redes sociais, postando bonitas palavras sobre o fundador da igreja, mas que não tem nenhuma disposição de sem questionar, servi-lo na e pela sua amada igreja pela qual morreu, conforme afirma a Bíblia: “... como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Efésios 5:25 b. 

Com certeza, dá para preocupar hoje em dia, ver nas igrejas, pessoas dispostas a não servirem e propositadamente deixando de adotar atitudes como as citadas no texto bíblico e que volto a expor aqui: 

Saudosa Marta Fuly - exemplo de intercessão
Lembrei as atitudes de Moisés ao interceder por Josué na batalha contra os amalequitas e afirmo aqui que se não dá para guerrear no sentido pleno do termo, contribuir com orações em favor de quem guerreia já é estar plenamente envolvido na mesma.

Citei também que deveriam ser exemplo a quem deseja servir sinceramente a Deus, as  atitudes de Arão e Hur, companheiros solidários nos momentos de extrema necessidade de Moisés - líder no deserto do povo hebreu (figura da igreja em tempos atuais). 
E não foi assim mesmo que com a ajuda indispensável destes irmãos e parceiros, Israel pôde prevalecer?  

Parceiros que apoiam de verdade e que trabalham incansavelmente 

E com relação a Josué, como deveriam nos inspirar suas atitudes de obediência às ordens de guerrear uma guerra que ele poderia até presumir não ser sua, nem do quase anônimo Num seu pai, nem em favor específico de sua ancestralidade, mas que por certo se tornaria um divisor de águas com relação à notabilidade de sua coragem e de seu espírito de liderança, que fizeram dele o escolhido pelo próprio Senhor dos Exércitos como sucessor de Moisés! 

Estes guerreiros aceitaram o desafio na IMW em Morada do Contorno 
Penso ainda que para o corajoso Josué, estar guerreando em causa própria, jamais passou no seu coração, pois homens que servem realmente ao Senhor dos Exércitos, guerreiam as Suas guerras e isto é o que lhes dignifica, não são antropocêntricos, como muitos hoje e condicionados a bons ou maus momentos para servirem-Lhe ou não.

Afirmei portanto, que é  uma pena que muitos ao invés de seguirem estes fortes exemplos, preferem o caminho da igreja virtual, por ser, entre outros motivos, realmente mais fácil amar este ou aquele pastor que prega na mídia, mas com o qual não se convive, não se precisa seguir suas recomendações e suportar as suas inerentes limitações. 

Assim sendo, alguns preferem este “perfil de servir a Deus” por ser mais fácil assistir a algum tipo de  culto virtual, onde não seja preciso perdoar os que o têm ofendido ou vice-versa, suportar os que precisam de misericórdia e que nem os façam exercer a paciência - fruto do Espírito, afinal de contas, alguns creem inabalavelmente que este tempo seja mais propício para se curtir os prazeres edonístico-cristãos. (Pseudo-cristãos, na verdade).


Afirmo mais aqui que: alguns de uma igreja virtual  até decidem "evoluir" para uma “igreja real”, desde que a mesma seja uma destas por ai, cujo pastor pregue aquela “mensagenzinha xarope, antropocêntrica, triunfalista, com retoques de psicologia travestida de cristã”. Uma igreja cujos cultos sejam um show com efeitos psicodélicos (jogos de luzes, danças, muitos ritmos que façam pulsar a alma e o corpo; já o espírito não, necessariamente!) e que inconscientemente substituam o Espírito Santo, pois pouco importa que o mesmo,  já tenha imperceptivelmente extinguido dos seus corações. 

E quanto aos irmãos? Que sejam substituídos por "brothers" sem problemas, de preferência super-mega bem sucedidos, parceiros ideais para integrar uma comunidade cujo culto seja o mais impactante e convincente “show gospel”, “um evento tremendo”, e de preferência que seja uma igreja apostólica dos novos tempos de pós-modernidade, desde que seja algum apóstolo, do tipo Harvey Cox.         
     
Meu saudoso Mestre Bispo Onaldo R. Pereira
Sei que quando terminou o culto ontem a noite, ainda afirmei a um grupo de jovens que, é mais fácil voar o voo solitário da águia, com a qual, é bem verdade, a Palavra nos compara,  que aceitarmos ser comparados a outras aves com não menos qualidades que esta, assim como afirmava o meu mestre e saudoso Bispo Onaldo Rodrigues Pereira: 
“ Nós Metodistas Wesleyanos voamos em bando”.

Pássaros voando em bando
Entendo, a partir desta reflexão, que todos estes princípios, do companheirismo, da solidariedade, da ajuda mútua e do altruísmo, foram o grande exemplo que os homens de Deus em suas caminhadas pelo deserto nos deixaram e não diferentemente, também entendo que este foi o legado que os cristãos primitivos deixaram a todos que amam a verdadeira igreja do Senhor Jesus Cristo, mas que hoje nem todos infelizmente desejam nela servir.    
Atos 2:44.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 


Concluindo, cantamos ainda no final do culto o cântico do grupo "Toque no altar"  com o seguinte refrão: Te louvarei, não importam as circunstancias, adorarei, somente a Ti Jesus!  E assim sendo, fui firmado pela convicção de que ainda que sejam em maus momentos, eu escolho servir a Deus e seguir os exemplos grandiosos que, quer sejam na Bíblia, quer sejam  dentro das igrejas ainda cristãs, se tornam a referência para os que não aceitam se dobrar diante dos deuses do humanismo hedonista, adorados em muitos templos pós-cristãos destes tempos de pós-modernidade.

Abraços

Pr. Derciley    

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Hilquias - Referência para novas gerações

Nos estudos deste mês nos aprofundamos nas biografias dos profetas maiores, entre elas a de Jeremias. Entretanto, embora a história deste homem de Deus por si só seja apaixonante, não desejamos destacar aqui a importância de suas muitas lágrimas ou da devoção que o faz ser  para nós, um dos mais queridos profetas.  A nossa ênfase aqui, vai especialmente para a influência que o seu pai Hilquias exerce não somente sobre ele, mas também sobre gerações posteriores.

Hilquias – Sumo sacerdote, vive quase já no final da dinastia pré-exílica de Davi, mas entendo que o seu legado se perpetua através das novas gerações que, conjecturo eu, são influenciadas pela grande experiência que tem com o Deus de Israel e com Sua Palavra.

É assim que encontramos na Bíblia um Hilquias reformando o templo e neste empreendimento, tendo encontrado o “Livro da Lei”, lidera uma delegação enviada pelo ainda menino rei Josias à profetisa Hulda para “buscar ao Senhor” a respeito daquela notável descoberta. (II Reis 22:4-14; I Crônicas 6.13; II Crônicas 34:9-22; 35:8).
 
Crianças em EBF - IMW Morada do Contorno
Podemos assim entender nitidamente a influência de Hilquias sobre o Rei Josias, ainda mais se considerando que este garoto ainda que sem bons exemplos dentro da família a serem seguidos (II Rs. 21.19-26; II Cr. 33.21-25), mesmo assim, ainda com 8 anos de idade sob a égide deste sumo sacerdote e de outros tutores que o acompanham, surpreendentemente, começa a realizar grandes reformas no reino de Judá, como por exemplo:

Com 16 anos de idade ainda, afirmam alguns estudiosos,  Josias acaba com o paganismo e todas as formas de sincretismo religioso, com 20 anos apenas, elimina a profanação da terra e a purifica, destruindo os lugares altos, os postes-ídolos e as imagens de esculturas, também ainda jovem profana os túmulos dos sacerdotes idólatras, queimando os seus ossos sobre os altares pagãos e ainda restitui a festa da páscoa que já não era mais celebrada.  
Com relação ao menino Rei Josias
II Crônicas 34:1
Tinha Josias oito anos quando começou a reinar, e trinta e um anos reinou em Jerusalém. 

Assim sendo, ao estudarmos este tema, nos lembramos que não devemos deixar de ensinar nossas crianças no caminho em que devem andar e que às mesmas devem ser-lhes inculcados os ensinamentos e princípios que lhes serão grandiosos por toda a vida ( Provérbios 22:6; Deuteronômio 6:6-7). Ainda a respeito destes conceitos bíblicos em conformidade com o tema aqui levantado, ainda que a Bíblia não afirme, posso supor também a respeito do filho de Hilquiaso ainda pequeno Jeremiasque o mesmo tenha sido influenciado profundamente pelo seu pai, vindo a se tornar o que já citamos ao seu respeito no início desta reflexão.
Com relação ao menino Profeta Jeremias
Jeremias 1:4-6
Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu: Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino.


Não podemos então esquecer em relação a Jeremias, que Deus o capacita na infância como também foi o caso do já citado Rei Josias e assim sendo, lembro aqui que Deus não considera a nenhum dos dois, apesar de suas tenras idades, como incapazes de responderem ao Seu chamado. O que ocorre é que na verdade, Deus os conscientiza sobre uma missão a cumprir, não deixando, entretanto de usar gente experiente para orientá-los, para serem os seus guias, os seus aios, suas referências. 

Em contra partida, nos tempos em que vivemos, vemos com certa aflição o pensamento divergente imperante em relação aos conceitos bíblicos. Parece-nos inclusive, ser consenso dos pensadores seculares da atualidade, de que os menores sejam incapazes de responderem ativamente aos ideais que se descortinam à sua frente, e que estejam desobrigados das responsabilidades perante o meio social, sendo erroneamente blindados com relação as decisões que devem tomar e das suas respectivas conseqüências.

O menino Marcelo Pesseghini
Quem, por exemplo, não ficou perplexo com o caso do menino Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini? Quem, a principio não ficou inconformado com a forma com que a perícia criminal deu andamento ao caso da família assassinada? Quem na menor das hipóteses não relutou em crer que um menino como ele, pudesse cometer tal barbaridade?  Na realidade todos torcem para que o desfecho desta história não seja o que tem se vislumbrado até aqui, embora as evidências venham apontando para que o menino infelizmente seja o assassino.

Não desejo aqui fazer afirmações levianas sobre a tragédia ocorrida no seio da família Pesseghini e muito menos dissecar o tema da responsabilidade destes e outros assassinatos envolvendo tantas crianças e adolescentes ora como vítimas, mas inúmeras vezes como praticantes de crimes e que nos tem deixado perplexos. Entretanto, me sinto no direito de atrever-me e perguntar: quem são os responsáveis então pelas tragédias ocorridas evolvendo menores na sociedade em que estamos vivendo? Se não são somente os menores, então quem deve ser responsabilizado?

Não pretendemos aqui ficar execrando o posicionamento da psicologia social, da sociologia, do direito, da filosofia e de outros a respeito de tantos equívocos  na atualidade referentes à formação e à influência sobre novas gerações. Desejamos,  entretanto, ponderar ainda que com brevidade, a quem, ao nosso modo de ver, se pode atribuir alguma parcela de responsabilidade por tantas tragédias que temos testemunhado, envolvendo menores. Vejamos então:
  • A família
Quantas crianças já não têm mais os seus pais, avós, como referência, como provavelmente foi Hilquias para os menores Josias e Jeremias, e isto porque os pais estão mais preocupados com seus status financeiros e com o bem estar próprios. Infelizmente constatamos hoje que a família sofre uma radical influência da filosofia humanista-existencialista e assim, os pais estão mais preocupados com suas realizações e satisfações pessoais do que em ser referência de caráter para formação das novas gerações. 
  • Os meios de comunicação social
A mídia, por sua vez,  abraçada incondicional e gananciosamente ao capitalismo consumista, sem nenhum temor das conseqüências trágicas que induzem e arrastam as novas gerações, deformam suas opiniões em relação a conceitos e princípios cristãos saudáveis, as expondo à todo tipo de imoralidade sexual em novelas, filmes eróticos ou pornográficos, realitty shows, etc.; à violência em filmes com cenas de assassinatos, estupros, e outros; e como se não bastasse nossas crianças e adolescentes passam horas expostas à desenhos com conteúdos fantasmagóricos, com mensagens subliminares declaradamente satanistas. Isto não se esquecendo de mencionarmos vídeo-games, utilizados por meninos como Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, com conteúdos extremamente induzíveis, levando os "sem referência", da fantasia do mundo virtual à prática do mundo real.
  • O governo
Quanto ao governo, não pode ser isentado de sua responsabilidade com relação às tragédias, pois como se não bastasse criar leis contrárias aos princípios da moral e dos bons costumes, é conivente com a impunidade dos políticos que são referência sim, porém negativas e pior de tudo criando paradigmas do tipo dos tempos pós Moisés/Josué:  Juízes 21.25. “Naqueles dias não havia rei sobre Israel; cada um fazia o que achava mais reto”. Enfim, vivemos em um tempo onde praticamente não se cultiva o cumprimento de regras e nem de padrões saudáveis de conduta. Isto sem entrar em mais detalhes com relação ao parâmetro humano de justiça que é infelizmente degradado por natureza e da negligência com a educação, de tal forma que, ainda que não possamos generalizar, nem professores, nem governantes, nem magistrados, podem ser referência para crianças e adolescentes.  

Isaías 64:6
Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe. 
  • A igreja.
Deixamos por último, a parcela que a nós compete. Infelizmente, não são poucos os menores da igreja que tem sido problema para sociedade e quando feito uma análise mais apurada, são filhos cujos pais não os trazem aos cultos, à Escola Bíblica Dominical e que não recebem a educação em casa, sendo expostos como qualquer menor não evangélico, à mídia deformadora. São crianças e adolescentes  que são problemas na escola e no meio social de um modo geral, mal educados irreverentes. desrespeitadores, etc.

Sendo assim o exemplo de Hilquias não pode ser aplicado a alguns em igrejas cristãs ou evangélicas, que até são membros formais, mas que pelo fato da “luz dos seus exemplos” não resplandecerem, também não podem ser usados como referência para as novas gerações
Mateus 5:16
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus

Concluímos, então afirmando: como seria bom se levantasse hoje uma geração de homens como o sumo sacerdote  Hilquias, cujo nome significa, "A parte da minha herança é o Senhor", e que como líderes familiares, que como pensadores e formadores de opinião pública, sob a direção da mais poderosa lei de todos os tempos – A Lei de Deus, viessem se tornar referência para as novas gerações, fazendo esta influência positiva gerar grandes homens para sociedade! Quiça até a segunda, terceira geração...! Somente assim, diminuiriam o número das tragédias e aumentariam os feitos dos grandes e jovens homens. Que o Senhor Deus esteja forjando uma geração assim! 

Com relação ao bisneto do sumo sacerdote Hilquias – o sacerdote Esdras

Esdras 7:1, 6a
E passadas estas coisas no reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, Esdras, filho de Seraías, filho de Azarias, filho de Hilquias,.. Este Esdras subiu de babilônia; e era escriba hábil na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado; e, segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava sobre ele...

Adolescentes dançando em IMW em Morada do Contorno

Abraços


Pr. Derciley

sábado, 17 de agosto de 2013

Ovelhas ou raça de víboras? O que realmente somos?

Nestes tempos de pós-modernidade, alguns que se dizem crentes reivindicam ao seu favor o direito de serem carregados nos ombros e o dever dos pastores de assim fazê-lo. Esquecem-se, entretanto, de fazer uma imprescindível reflexão se na verdade, ao invés de ovelhas, não são  alguma espécie de raça de víboras.
Mateus 3:7b “... dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

Foto http.repteis.mundoentrepatas.comviboras.htm
Para quem gosta de analogias, sabe-se, por sua vez, que víboras não se carrega nos braços e nem se conduz a aprisco, sob pena de se sofrer o contágio dos seus venenos conforme (Marcos 8:5).  Ao contrário, raça de víboras devem ser instadas a irem ao deserto e alertadas sobre a ira que lhes aguarda, fazendo-se necessário que saibam que quem cuida não deve ir a elas e sim elas irem a quem as expõe.
Marcos 1:5 E toda a província da Judeia e os de Jerusalém iam ter com ele...”

Para gente assim semelhante as do tempo de João Batista, como Herodes, Herodias e todos os círculos de seus convívios, não cabem palavras de afago, porém de denúncia de suas más obras; uma voz que clame no deserto, que grite à sua consciência.

Da mesma forma, não diferentemente daqueles tempos, as pessoas hoje, ao invés de quererem ser mimadas precisam ser confrontadas em seus anseios de serem carregadas sem serem transformadas.
httpjornalmontesclaros.com

A propósito, até as ovelhas somente devem ser carregadas se estiverem feridas e impedidas de serem guiadas mansamente a águas tranquilas, a pastos verdejantes e a vereda da justiça. Ovelhas devem ser levadas a deitarem-se em pastos verdes - um sinal de que até então deveriam estar andando e não, sobrecarregando o pastor, que por sua vez tem a nobre e desgastante tarefa de: cuidar delas e guiá-las, fazendo-as chegar ao destino.
Salmos 23:1-3 O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome”.
Assim sendo, afirmo que ovelhas devem caminhar com as próprias forças que lhe são concedidas pela robustez do pastoreio, afim de que não se tornem indesejavelmente obesas, incorrendo na falha de avantajarem-se sobre as  mais fracas, ou se tornem inoportunas na condução do rebanho, podendo vir assim, ainda que sendo ovelhas, consequentemente, serem censuradas pelo seu pastor. Senão vejamos as palavras do próprio Pastor de Israel: 
Ezequiel 34:20 Por isso o Senhor DEUS assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre a ovelha gorda e a ovelha magra.
E é exatamente por isso que não creio em princípios darwinistas de seleção das espécies e nem nietzschianos semelhantes; não creio em super-ovelhaprefiro ficar com os ensinamentos do Supremo Pastor de que exista provisão igualmente para todos. 
   
Mas e ainda quanto as víboras? Há quem afirme que as mesmas sejam surdas; posso a esta altura então afirmar: embora o veneno do humanismo continue a ensurdecer a alguns nos tempos em que vivemos, a voz continua clamando no deserto e asseverando que: “O homem não é a medida de todas as coisas, não! - O antigo filósofo Protágoras se enganou redondamente”.  
   
Ovelha sendo tosquiada
Já com relação às ovelhas, ainda que desgarradas pela corrupção, como foram Zaqueu e Mateus; ainda que degradadas pela imoralidade como a mulher pega no ato de adultério, ao ouvirem a voz do pastor e o seu esforço de resgatá-las dos despenhadeiros da vida que tanto as afligem, sentem, em caso de necessidade o mais sincero anseio de serem carregadas, cuidadas e posteriormente a grata resignação de se deixarem tosquiar. Verdadeiras ovelhas reconhecem que aquele que as ama tem o direito de esperar que ao se tornarem saudáveis, gerem frutos no aprisco onde estão guardadas, são ovelhas mansas e não bodes ingratos e relutantes.

Ainda com relação ao produzir, as víboras por sua vez não produzem bons frutos – somente mais viborazinhas. 

Para produzirem frutos dignos; somente sendo convertidas pela voz que clama contra elas, sendo transformadas pelo que se conhece como o milagre da metanoia: “Mudança de mente” e conseqüentemente de direção. Se não mudarem, não lhes caberá jamais serem carregadas – não é o seu direito, mas sim o serem cortadas e descartadas; pois assim afirmaram tanto João Batista, como também o supremo pastor - Jesus:

Lucas 3:9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo.

João 15:2 Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

Enfim, raça de víboras é raça de víboras e não ovelha, tanto no conceito de uma voz que clama no deserto, como na voz de um Bom Pastor disposto a dar a vida pelas suas ovelhas.

Palavras de Jesus:
Mateus 23:1; 29; 33 "Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos... Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, Serpentes... Raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?"

E no meu, no seu conceito, quem verdadeiramente somos: 
ovelhas, discípulos, hipócritas, raça de víboras?


Abraços a todas as ovelhas


Pastor Derciley

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O que temos a ver com a tragédia ambiental em Resende - RJ?

Resende - natureza e industrialização de mãos dadas
No dia 17 de novembro de 2008, ocorreu um gravíssimo acidente em Resende-RJ, quando pelo menos 8 mil litros de um pesticida vazaram para o Rio Paraíba do Sul, durante o descarregamento do produto no pátio de uma empresa, outrora chamada Cyanamid Química do Brasil (empresa americana) que a princípio passou por um processo de terceirização, sendo assumida posteriormente por ex-funcionários que com muitos esforços, acabaram comprando aquele complexo industrial.

Desejo traçar alguns paralelos relacionados a este fato gravíssimo e a alguns acontecimentos relativos à minha vida: 

O primeiro fato é que sou nascido na cidade de Resende, o segundo é que trabalhei nesta empresa desde os meus vinte anos de idade, por um período de aproximadamente dezesseis anos, o terceiro é que tenho uma formação wesleyana e por muitas vezes tive a oportunidade de pregar o evangelho a colegas de trabalho sendo alguns hoje, graças a Deus, evangélicos. Trabalhei ali em comissões internas de prevenção de acidentes – CIPA, e na área de logística, responsável pelo armazenamento, planejamento e descarga de produtos semelhantes ao que me referi aqui.

Churrasco de confraternização de funcionários - 1983
Pude naquela época, assistir a algumas demandas entre setores produtivos, financeiros e entre responsáveis por segurança (período de 1980 a 1996) e ali ocorreram acirrados debates sobre a necessidade, por exemplo: de se implantar uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE’s), e também em outras questões relacionadas ao investimento em pessoal, em pesquisas e outras. Convivi ali, com muita gente séria, trabalhadora, mas também, com gente gananciosa, insensível às dificuldades do próximo. Enfim foi ali que conheci, no alvorecer da minha vida profissional, as duas faces do sistema capitalista. 

Infelizmente, o acidente foi em minha cidade, na mesma empresa em que eu trabalhei, no rio que por cortar a região mais industrializada do Brasil é considerado o mais importante rio para o progresso da nação. E são das águas deste mesmo rio que os meus conterrâneos tomam banho e também bebem água. É este mesmo rio que corta todo o Estado do Rio de Janeiro, desaguando na cidade de Campos dos Goytacazes - RJ; infelizmente a tragédia foi sem precedentes, para a flora, para fauna, para a agricultura, para os pescadores, enfim, o dano foi enorme.
Foto de Otacílio Rodrigues

Não sei se na época  superestimei o problema, mas o que de certo modo mais me inquietou, é que não fiquei sabendo de nenhum seguimento cristão, que tenha se posicionado oficialmente, nem sobre a mortandade de peixes, nem sobre os 1.200 pescadores que ficaram sem a sua forma de sustento, nem sobre as populações ribeirinhas daquele belo e importante rio, ou mesmo sobre anteriores desmatamentos de suas margens. Nada, nada.

 Cheguei até a pensar que o problema era que eu tivesse mal informado, mas mesmo assim decidi levar esta reflexão a todos nós cristãos de um modo geral, por crer que o problema não seja exclusivamente dos setores público ou privado.

Mortandade de peixes no Rio Paraíba do Sul
Quanto aos meus conterrâneos evangélicos resendenses, quanto aos cristãos fluminenses, quanto aos cristãos brasileiros de um modo geral; será que realmente estamos preocupados com os nossos Rios Paraíba, Tietê, Guandu, São Francisco, Amazonas, e outros... Ou será que alguns, estão entorpecidos pela acomodação da esperança em um futuro, do usufruto de um rio de águas cristalinas jamais poluíveis, que para alguns pseudocristãos, jamais acontecerá?

Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro”. 
Apocalipse 22:1

Foto do site www.pescaki.com.br
Confesso que fico impressionado como alguns dizem crer na salvação do homem degradado, afirmando que a salvação é direito de todos – dizem, inclusive, professar uma teologia sinergista [1], entretanto pouco importa a alguns as tragédias, isto é, se os seus filhos, os seus irmãos, não fizerem parte da comunidade de pescadores infelizes, de ribeirinhos que não tem outro lugar para morar e que acabam fazendo os seus barracos sem esgoto a beira dos nossos amados rios, entretanto, já poluídos pela depredadora e corrompida máquina global capitalista!

Posso aqui afirmar que, com certeza o que vivemos hoje, é bem parecido com o que aconteceu na Inglaterra do século XVIII, fatos estes que acabaram contribuindo para que a bandeira da teologia social de Wesley viesse a ser desfraldada:

                         “Assim, pois, era o povo, degradado até ao embrutecimento, no caso das classes populares, e corrompido até ao cinismo, no meio das classes intelectuais, que o metodismo se propôs a reformar. Parece que a nação tinha chegado a tal extremo de depravação que só lhes sobrava à alternativa entre perecer ou nascer para uma vida nova”.[2]

Infelizmente, assim como assistimos a tragédia no Rio Paraíba em 2008, temos constatado o aumento de forma descomunal de outras tragédias, e tanto pobres como ricos contribuindo para a degradação tanto de rios, como de lagos e de fontes de águas em geral; e assim inquietos fazemos a grande indagação: o que fazer?

 Particularmente, eu penso como John Wesley, que a nossa preocupação deve ser primeiramente de não ignorar a parte mais sofrida nesta caminhada destrutiva da modernidade - os pobres. 

Quanto aos ricos, devem ser instados a uma atitude responsiva com relação à graça de Deus, que é direcionada a todos os homens indistintamente e não somente a eles. Ainda quanto a estes – os ricos devem ser conscientizados a contribuírem para a restauração da sociedade como fator primordial para a restauração da dignidade humana, sob pena de sofrer as penas inerentes a esta omissão.    

Especificamente, com relação a luta em defesa do meio ambiente, o envolvimento da igreja deve ser em prestar a sua contribuição educativa no sentido de conscientização para preservação e recuperação da natureza, e em decorrência disto envolver sem qualquer preconceito todos os cidadãos: 


pobres, ricos, políticos, religiosos, enfim, todos os homens, a caminharem rumo a um grande diálogo que leve todos, a exercerem plenamente a sua cidadania.

A proposta então, é persuadir a todos quantos cremos que Deus ama, a fazerem uma grande aliança tendo como alvo, mudanças profundas que proporcionem oportunidades melhores para que todos possam crescer na vida.

Enfim, a meu ver, isto é soteriologia social: é não focar a salvação somente no individuo, mas também no espaço público de um modo geral, onde por um lado o homem pode desenvolver a sua salvação e por outro lado, pode acabar se perdendo em decorrência de uma atitude gananciosa e exploradora do seu semelhante.

Assim, concluindo, expando a pergunta do início: O que temos a ver com as tragédias em Resende, em Petrópolis, em Angra dos Reis, em Niterói, na Amazônia, no Japão, enfim em todo o mundo? 
Trabalho de Soteriologia social que fiz quando estudei na Universidade Metodista de São Paulo
Abraços

Pr. Derciley

[1] E esta convicção não deveria nos levar a uma responsabilidade maior? Se todos têm o direito de ser salvo, não devemos como sinergistas, proporcionar-lhes  o acesso a salvação?
[2] Leliévre Mateo - Smith & Lamar, João Wesley sua vida e obra, tradução Gordon Chown: - Editora Vida, pág, 13 – 1997.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Conceito de messianismo

A fim de concluir o curso de bacharel em teologia na Universidade Metodista de São Paulo no polo Petrópolis - RJ, tive na época a satisfação de participar de vários seminários temáticos de Bíblia, entre os quais, um com o interessante tema “messianismo bíblico”, para o qual deveria me preparar com a leitura de alguns textos a seguir:
SCHWANTES, Milton. “O Rei Messias em Jerusalém: observações sobre o messianismo davídico nos Salmos 2 e 110”. In: Revista Caminhando, v. 13, nº. 21, jan-maio de 2008. p. 41-59 e SIQUEIRA, Tércio M. e SANTOS, Suely Xavier “O messianismo no profeta Miquéias”. São Paulo: Cedro, 2008.
smo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte".
Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: "Tu és meu filho; eu hoje te gerei.
Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade.
Tu as quebrarás com vara de ferro e as despedaçarás como a um vaso de barro".

Salmos 2:6-9
"Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte".
Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: "Tu és meu filho; eu hoje te gerei.
Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade.
Tu as quebrarás com vara de ferro e as despedaçarás como a um vaso de barro".

Salmos 2:6-9 
Cheguei naquela oportunidade, a uma conclusão para mim enriquecedora, a qual gostaria de deixar registrada aqui.
Foto  de http://noticias.gospelprime.com.br/guerras-de-israel
                  O conceito de messianismo bíblico segundo constatei, transcendia aos ideais de dominação dos povos que se insurgiam contra a soberania de Javé e de seu ungido. Segundo este estudo, também observei que  este tipo de conceito, que a título de exemplo, foi tão cantado nos nossos chamados corinhos de guerra, “nada contra eles”, acabavam, no entanto, nos apresentando uma característica quase que exclusivamente beligerante de messianismo.  

Assim sendo, pude mais meticulosamente, refletir sobre a ótica messiânica palaciana, que apontava para uma tendência mais expansionista, evocando para isto, o uso dos recursos bélicos e tendo como seu maior símbolo o cetro de ferro.  

 Posso afirmar ainda que na ocasião, continuei não deixando de  reconhecer que este conceito fosse válido, pois sempre entendi que tanto a ótica messiânica expansionista, quanto a ótica camponesa messiânica da ternura pastoral, têm o seu tempo específico de cumprimento, no entanto pude dilatar ainda mais a minha compreensão de que a  primeira não era exclusiva, pois bíblicamente esta tendência meramente expansionista, não contemplava perfeita e completamente as necessidades internas do cuidado simbolizado pelo cajado e pelo ideal hebreu de que a sabedoria e a força de Javé estivessem acima das estratégias humanas de dominação, por mais legítimas estas pudessem aparentar.  
"Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte".
Salmos 2:6

Foto da internet
Pude então, mais claramente, entender que o conceito de messianismo de Miquéias acabou trazendo em sua essência, uma apreciação mais apurada de ideais de governo e de cuidado, levando a todos aqueles que se sustentaram destas expectativas em todos os tempos a compreenderem de forma mais plena, a intenção divina de estabelecer sua autoridade sobre os homens que são exatamente o que Jesus pôde constatar a respeito deles: “como ovelhas sem pastor” e por isso necessitando do cuidado para se conduzirem e se realizarem plenamente e vivendo uma vida de paz

Refleti também que, por nossa vez, nós cristãos carregamos ideais e responsabilidades messiânicas, porque o termo cristão origina-se do título “o Cristo que acabou através dos tempos, incorporando-se ao nome de Jesus, título este que muitos por desconhecimento, pensam ser um sobrenome do Nosso Senhor, mas que realmente não é, pois sabemos que a palavra Cristo é a variante grega da palavra hebraica Messias.

Segue então que ao sermos chamados de cristãos, deveríamos também ser levados a uma reflexão destes ideais e responsabilidades messiânicos diante do mundo, pois este título que carregamos – o de cristãos, faz de nós um povo estritamente messiânico. 

Aproveito, inclusive, para citar aqui uma afirmação extraída do estudo dos textos que fiz naquela oportunidade:    
Às vezes, nós nos esquecemos da dimensão do pastoreio que a comunidade também deve desenvolver. E isso nos faz lembrar que Jesus, ao enviar seus discípulos, manda-os ir, fazer discípulos, batizar e ensinar (Mt 28-18-20). O Messias-Cristo, assim, os comissionou para continuar sua missão. Somos, portanto, responsáveis igualmente pelo pastoreio da comunidade do Senhor, do cuidado mútuo para que haja vida plena”.  

 
Somos levados então, a responder como corpo místico que somos de Cristo Jesus, às indagações dos nossos semelhantes em todos os tempos, carentes deste cuidado pastoral. 



Afirmo ainda, que dentre muitas indagações de sentido implícito que brotam diante deste tema proposto pelos professores Tércio Machado Siqueira e Suely Xavier dos Santos, ficaram registradas duas perguntas no final do texto “O Anúncio do Messias no Profeta Miquéias”, que forçosamente precisavam ser respondidas, as quais  transcrevo aqui com as minhas respostas tendo como objetivo, tão somente enriquecer esta reflexão:
  1. Como temos vivenciado a expectativa messiânica em nossos dias?
A verdade é que por mais que vislumbremos vários aspectos positivos, atualmente, entretanto, vemos com certa apreensão, algumas intenções claras de dominação e subjugação territorial e ostentação de poder “em nome do cristianismo”, o que não cabe dentro da ótica, nem do próprio Senhor dos Cristãos, pois ele rejeitou várias vezes este conceito de messianismo.
  1. A Igreja, como um todo, também tem que desenvolver o cuidado pastoral. Como podemos, na prática, demonstrar que o Messias - Cristo nos enviou para pastorear seu rebanho? Que atitudes demonstram este pastoreio?
 Devemos rechaçar o modelo de subjugação, de dominação, de beligerância religiosa, deixando as ostentações e vanglorias que pretensamente, alegamos evocar para “o reino” e passarmos, realmente usar os ideais messiânicos profetizados por Miquéias do cuidado pastoral, do desenvolvimento, da paz e da dependência do Senhor, que se completam na pessoa do nosso Mestre.  

IMW Central em Petrópolis - uma igreja rica em ministérios - fotos de 2008
Concluindo então, posso afirmar que tenho testemunhado a atuação de ministérios com características messiânicas inspiradas em profecias como as registradas em Miquéias e seguramente posso citar ente outros, o exemplo da Igreja Metodista Wesleyana Central em Petrópolis - RJ, a qual tive a honra de por um período pastorear, ou seja, no mesmo período em que me formei nesta conceituada Universidade.


1.       Nesta igreja assim como em outras que eu conheço, os ministérios constituídos não necessariamente de clérigos mais de leigos - gente simples, do povo, visitam exaustivamente os hospitais, os encarcerados nos presídios e as famílias desanimadas. 

2.       Fazíamos nela uma média de quatrocentos e cinquenta gabinetes pastorais por ano, tendo como objetivo o cuidado e a orientação das ovelhas que estavam vivendo variados tipos de sofrimentos.

Ao concluir, é propício afirmar, entretanto, que ainda que como corpo místico de Cristo que somos e  imbuídos de nossas responsabilidades messianicas diante do mundo, não podemos deixar de reconhecer que:

Há ainda um bom caminho a percorrer até alcançarmos a essência do pleno conceito de messianismo.

Trabalho de Messianismo que fiz quando estudei na Universidade Metodista de São Paulo

Zilda Arns - Saudades!

Shalom Adonai

Derciley