Em mais uma das noites frias
deste inverno, eu lá ouvindo a voz mais poderosa do universo, ela mesma - a voz
mais doce e admirável que fala a alma humana!
“... melhor te é entrar na vida coxo, ou
aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.”
Mateus 18:8b (Palavra do amado Jesus)
Creio que não deixou de ser em
decorrência da reunião em que tivemos ontem, para a qual fomos convidados a
render graças por uma vida preciosa: a da irmã Dione que sobreviveu a um
momento difícil de sua vida, embora tendo sido sequelada com a amputação de um
dos seus pés.
Confesso que me preocupei um
pouco com as palavras de conforto dos presentes dirigidas a querida irmã,
considerando-se que o momento era ao mesmo tempo de ganho de sua vida, mas de
perda de parte de um dos membros de seu corpo.
Eu não era o orador e a
mensagem foi muito edificante, diga-se de passagem. Vivemos inclusive ali
momentos de lágrimas, de sorrisos, comemos até juntos uma saborosa canjiquinha...
Só que nos momentos em que transcorria a reunião regada a louvor e orações, me
vieram à memoria algumas lições com
relação a um personagem mutilado de um filme, e também, sobretudo, sobre o
evento que mudou para sempre a vida do patriarca Jacó as quais com brevidade
compartilhei e que desejo expandi-las aqui:
Tenente Dan Taylor - Filme Forrest Gump |
O filme é Forrest Gump e o
ator é Gary Alan Sinise que interpretou o
tenente mutilado Dan Taylor, salvo por seu ingênuo soldado em guerra no Vietnam.
O problema crucial é que a sua mutilação o fez sentir extremamente infeliz em
sua existência, pois o mesmo era de família de “heróis” de guerra e preferiria
ter morrido na guerra a viver, conforme cria: inutilmente. Mas o tempo teve que
passar para que o ex-combatente viesse a entender o sentido real de sua vida se
tornando um companheiro e ainda que sem as pernas, sócio bem sucedido do seu
ex-soldado, próspero e notável amigo. Sem dúvida é uma linda história da qual,
transcrevo aqui uma frase singela:
"A vida é como uma caixa de bombons, você nunca sabe o
que vai encontrar”. Forrest Gump
Bom, voltemos à reunião de
ontem em que agradecíamos a Deus pela vida da irmã Dione. Citei na oportunidade
o exemplo do encontro no Vale do Jaboque de um Jacó que apesar de a partir dali
se tornar claudicante fisicamente, tornou-se porém, mais integro do que nunca
em sua essência para uma vida que se revelara após àquele marcante encontro com
o seu amado Deus. .
Gênesis 32:24-31
“... Jacó,
porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. E
vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se
deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém
ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.
Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas
Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a
saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali.
E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel,
porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva. E saiu-lhe o sol, quando passou a Peniel; e manquejava
da sua coxa.”
Enfim, foi mais uma destas
histórias da vida em uma noite fria, na qual a voz de Deus se impõe aos ouvidos
dos que anseiam em ouvir.
Ah! E não posso deixar de
dizer que a reunião encerrou com o depoimento da irmã, alvo de nossas ações de
graças à Deus, eis as suas palavras:
Estou
feliz! A cicatrização da amputação tem sido considerada um milagre, pois tomo
insulina (ela é diabética). Agora vou colocar uma botinha (uma prótese) e vou
trabalhar para Jesus, como trabalhava antigamente.
Que
Deus faça da senhora, irmã Dione “mais uma Israel”, mais uma lutadora
que prevalece depois de ser marcada pelas mutilações da matéria, que agregam
sentido a existência em nossa passagem nesta Terra.
Paz
seja conosco!
Derciley
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