Há uns anos atrás em Petrópolis - RJ, convivi com um grupo de aproximadamente trinta e cinco surdos para os quais esporadicamente fazia palestras, mas com os quais mais do que ensinar, aprendi a valorizar a comunicação e o contato com portadores de alguma deficiência física. Este amor por estas pessoas fez aflorar em mim um desejo de aprendizado, que transcendeu a área específica da surdez, expandindo-se a partir daí, o meu anseio pelo convívio com portadores das mais diversificadas limitações físicas, emocionais, mentais e etc.
O grupo específico aqui mencionado, foi criado em um ambiente religioso e tinha o nome de Ministério Efatá, palavra esta cujo significado traduzido do hebraico é: "abra-se", termo usado por Jesus ao restaurar a audição de um homem portador desta deficiência.
“Levantou os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá, isto é, Abre-te” (Mc 7:34).
“Levantou os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá, isto é, Abre-te” (Mc 7:34).
Rampa de acesso sendo construída na instituição religiosa onde estamos realizando o Projeto Vivendo e Aprendendo |
Mas o que é importante afirmar aqui é que este encontro com aquele grupo de pessoas tão interativas, inteligentes e intensas, marcou a minha trajetória em relação ao conceito de acessibilidade, pois agreguei à minha vida o interesse e o senso de prioridade por portadores de dificuldades em relação ao acesso à educação, seja ela religiosa ou especialmente na área escolar.
Como professor que já fui em três instituições de ensino teológico: em Petrópolis - RJ, Cabo Frio - RJ e Muriaé - MG e como contribuinte na área da educação, passei a instruir e formar opinião de líderes a respeito de questões relacionadas a acessibilidade, a começar pelas construções de rampas, banheiros adaptados, etc. para pessoas cadeirantes, deficientes visuais, dando condições a todos de frequentarem e transitarem onde desejam ou necessitam sem nenhum empecilho.
Crianças aprendendo a dançar |
Desejo afirmar que a experiência tem sido enriquecedora, mas complexa, apesar de que temos usado para facilitar, alguns aplicativos entre eles o Hand Talk, e o proDeaf . Têm sido muito útil também alguns sites de pesquisa, entres eles o dicionário de Libras também indicado pela UNINTER: http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras_3/.
Enfim, a nossa grande expectativa é que possamos formar pessoas para contribuírem para o desenvolvimento social e que para isto todos nós, eternos aprendizes estejamos cada vez mais "VIVENDO E APRENDENDO".
Abraços
Derciley
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