terça-feira, 4 de novembro de 2014

O cumprimento das promessas na trajetória

No primeiro domingo de novembro tive a satisfação de ver a minha comunidade celebrando com alegria ao Senhor Jesus: O louvor foi extremamente participativo, com danças, cânticos inspirados e envolventes. Aproveito aqui para parabenizar os organizadores do evento e os líderes dos departamentos envolvidos na organização.

Ficamos alegres, pois recebemos novos membros, além de sermos procurados por gente especial tomando decisão de ficar conosco.  Enfim, ainda que tenhamos constatado que alguns estejam saindo, louvamos a Deus por que outros estão chegando renovando a esperança de que um tempo de cumprimento de promessas também está chegando.

Na oportunidade ministrei uma palavra à comunidade sobre promessas com ênfase profética e que compartilho aqui ainda que sucintamente:

Os textos bíblicos entre outras leituras enfatizavam o chamado de Abraão e a sua trajetória a partir deste chamado:

"E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção" Gênesis 12:2, textos estes que foram corroborados com leitura do versículo de Malaquias 3:12. “E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos”, mencionado no transcorrer do evento como lembrança do cumprimento da promessa de Deus aos que lhe são fieis.

Com relação à trajetória de Abraão compartilhei algumas lições aos queridos presentes que foram:

1. Na caminhada de nossa vida e de nossa comunidade, assim como foi na de Abraão, precisamos deixar algumas antigas estruturas para traz, só assim podendo experimentar o novo de Deus.
Gênesis 12:1 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”.


Destaquei ainda que em meio ao período da trajetória do patriarca que levara consigo o seu sobrinho Ló, prevendo que este fosse o seu herdeiro, aconteceram disputas entre os empregados de ambos e das quais reforcei que também nos trazem uma lição, ei-la a seguir:

2. Existem disputas, que embora compreensivas, nem sempre expressam o que a liderança, na trajetória rumo à busca da promessa deseja e sim expressam meramente o que alguns liderados desfocados dos alvos maiores da trajetória estão vivendo nos seus problemas cotidianos.

É bom, entretanto, lembrar que liderados devem ter o devido discernimento de que estar inserido no contexto certo da trajetória é altamente relevante, pois não se ouviu mais falar dos pastores de Ló, após a destruição de Sodoma e Gomorra, ao passo que em relação ao sobrinho querido de Abraão foi preservado, cumprindo o seu papel na história.

Não citei na oportunidade, mas ao preparar este texto, me lembrei de que Abraão seguiu em frente sem Ló sua expectativa frustrada de descendência, tendo, no entanto, ficado registrado na história patriarcal um contra-exemplo de alguém que não foi à frente, pelo fato de ter olhado para traz. Refiro-me à mulher de Ló, mencionada em Lucas 17:32. Lembrai-vos da mulher de Ló, advertência esta feita pelo mais ilustre descendente de Abraão – o nosso Senhor Jesus em quem foram benditas todas as famílias da Terra. 
Entre outras menções citadas e outras que o tempo não permitiu destacar, lembrei-me também que algumas expectativas geraram crises difíceis de administrar:
  • Vemos, por exemplo um homem disposto a ver o seu anseio de um herdeiro equacionado na relação com a escrava Agar; relação esta que embora consentida por sua tão amada esposa Sara e lhe dando um filho tão desejado, acabou, entretanto, gerando sofrimentos aos envolvidos neste episódio.
   Destaquei também algumas lições destas crises, entre elas que:
3. Nossas expectativas criadas fora dos planos de Deus e respectivos desejos de efetivá-las acabam gerando crises que tanto faz sofrer a nós, quanto aos que nos cercam.
Eis um texto que reforça este princípio:
"Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o Senhor julgue entre mim e ti. E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face" Gênesis 16:5-6.

Apesar disto, com alegria afirmei que apesar das nossas, crises, disputas e limitações humanas, o Deus que nos promete, acaba nos auxiliando a cumprirmos o nosso importante papel na história, assim como foi no caso das pessoas envolvidas na caminhada rumo à promessa a partir de Gênesis 12:
Ø Da desrespeitosa e competitiva escrava Agar – mãe de Ismael o primeiro filho de Abraão, depois de tratada por Deus, foi feita a mãe dos grandiosos povos Árabes,

Ø  De Sara que agiu sem misericórdia e de forma petulante na crise gerada com referidas expectativas frustradas, não no momento dela, mas no de Deus, se tornou a mãe na amada nação Israelita, de onde veio nascer o Nosso Senhor Jesus.

Ø E quanto ao fleumático Abraão, Deus em sua infinita misericórdia e fidelidade acabou concedendo o sincero desejo do seu coração em relação aos seus filhos, desejos estes, dos quais destaco um:

Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Quem dera que viva Ismael diante de teu rosto!" Gênesis 17:15-18

Na realidade, por estar certo da imensa e extensa riqueza da trajetória de Abraão e de seus descendentes rumo ao cumprimento da promessa, juguei na oportunidade não dispor de tempo para citar além das disputas entre Sara e Agar, também os conflitos entre Esaú e Jacó, Lia e Raquel e outros tão amados por uns e às vezes esquecidos por outros.

Entretanto, não pude deixar de encerrar a mensagem com a história de Quetura, a última personalidade da vida de Abraão e também grande estímulo para todos nós, sabedores que somos do papel que nos cabe e que às vezes até não parece importante, mas que por certo tem o seu valor na construção da história na qual todos estamos inseridos.

Para mim, esta foi a singela lição deixada por esta mulher. Dela a Bíblia faz a seguinte menção:

Gênesis 25:1-4 E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Quetura; E deu-lhe à luz Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá. E Jocsã gerou Seba e Dedã; e os filhos de Dedã foram Assurim, Letusim e Leumim. E os filhos de Midiã foram Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Estes todos foram filhos de Quetura.

Aprendemos assim com Quetura cujo nome significa Perfumada que:

4. Embora possamos parecer esquecidos em algum cantinho da história, como Quetura não devemos deixar de perfumar este cantinho,  contribuindo com a nossa missão, exercendo o nosso papel e contribuindo de alguma forma para que se cumpra o que Deus determinou, assim como foi o caso de Quetura em relação a Abraão sobre o qual Deus havia prometido o seguinte:
Gênesis 17:5-7
E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto; E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti;
Ah! Com relação ao nosso evento, terminou com uma ceia abençoada em memória do maior descendente de Abraão – Jesus o Rei dos reis, Aquele no qual se cumprem todas as promessas de bênçãos.
Ao encerrar o evento, fui procurado por pessoas manifestando desejo, entre outros de conclusão da construção do templo e de  fazer tudo  melhor daqui para frente.
Foi muito bom! Obrigado Senhor!  A palavra de ordem a partir de agora passar a ser:
Genesis 12:2b “...Sê tu uma bênção!

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