Existem mais de duzentos e cinquenta milhões de dalits - uma casta da ìndia tratada de forma preconceituosa |
Ao ler o texto “Ecumenismo
e missão: conceitos e práticas indissociáveis”
de Jacques
Matthey;
esforcei-me
por me colocar, por
alguns instantes, no lugar dos islâmicos, dos budistas, dos hinduístas ou mesmo
de um cético e logo comecei a fazer uma análise do cristianismo como se vê
atualmente, e a conclusão a que cheguei é que fica muito difícil crer nos
ensinos de Jesus a partir, da forma com que se apresentam atualmente alguns
que se dizem seus “discípulos”, mas que na verdade nada mais são que seguidores
de uma religião que parece não ter nenhuma afinidade com o seu mestre e
criador.
Quando se trata então, da questão da unidade
entre alguns "que se disseram" instruídos por Jesus em tempos diversos, ai então a gente
pode deduzir a dificuldade de o mundo crer.
Mesmo assim e apesar disto, não podemos nos esquecer que um dos grandes anseios de Jesus ao se dirigir ao Pai Celestial na oração sacerdotal, foi a unidade:
Mesmo assim e apesar disto, não podemos nos esquecer que um dos grandes anseios de Jesus ao se dirigir ao Pai Celestial na oração sacerdotal, foi a unidade:
“a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.
João 17:21.
Assim sendo, ao estudarmos sobre a Cristandade em lugares e tempos diversos, não podemos deixar de admitir quão difícil tem sido que este anseio de unidade se cumpra; penso até que ele se cumprirá na sua integralidade somente na consumação dos séculos.
Entretanto, creio também firmemente que este anseio:
- Deve pulsar no coração de qualquer discípulo do Nosso Senhor, que ama os seus ensinos.
- Deve ser um sonho a ser perseguido incansavelmente, não obstante possa parecer para alguns uma mera utopia.
O grande problema é que até mesmo em tempo presente,
apesar de vivermos em pleno século XXI, parece continuar faltando em expressiva
parte "desta cristandade", o sentimento de nobreza que houve em Cristo e que foi
corroborado pelo Apóstolo Paulo:
“completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. 3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. 5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...” Filipenses 2:3-5
“completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. 3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. 4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. 5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...” Filipenses 2:3-5
Portanto, é inegável, infelizmente, que ainda hoje se observa em gente
que diz que “crê” em Jesus, a ambição de conquistar pessoas, mas por mero sentimento de partidarismo.
E não é verdade que se pode constatar isto na visão equivocada de alguns movimentos proselitistas, travestidos de evangelísticos "de pseudo-evangelistas na verdade", mas com o intuito de dominar as massas, e de vangloriar-se de que: “se tem mais adeptos, conseqüentemente, mais poder! Poder de que? De manipulação?”.
E não é verdade que se pode constatar isto na visão equivocada de alguns movimentos proselitistas, travestidos de evangelísticos "de pseudo-evangelistas na verdade", mas com o intuito de dominar as massas, e de vangloriar-se de que: “se tem mais adeptos, conseqüentemente, mais poder! Poder de que? De manipulação?”.
Mas, sempre é tempo para ponderar. A mensagem de Jesus, embora, alguns pretensos
guardiões da mesma se esforcem em ofuscá-la, continua respeitada quer seja por céticos ou por religiosos. Falar sobre o que Jesus falou, ressoa cura e reconciliação; ressoa
cura para uma humanidade perdida na falta de uma referência fraternal; para
gente que se discrimina que se exclui por ideologias diversas; ressoa
reconciliação entre raças que não se entendem, mas que no fundo acreditam que
se não houver uma reconciliação urgente, viremos a nos autodestruir.
Penso inclusive que a missão para se curar os relacionamentos dos povos, para a busca da reconciliação entre "classes diferentes" e "raças todas iguais", não seja exclusividade da cristandade; penso que na realidade, seja uma vocação inata do ser humano - é coisa de gente em cuja alma o Deus criador de todos espelha os seus anseios. Portanto, todos nós
cristãos, podemos convidar a todos os povos, raças, tribos, línguas a:
“construirmos todos juntos, um mundo melhor”, basta que nós que dizemos ser
discípulos de Jesus Cristo sigamos a sua diretriz:
Belíssimo trabalho realizado pela IMW em Moçambique |
Extraído de trabalho que apresentei para a matéria ecumenismo, para o curso de bacharel em Teologia da UMESP
Derciley
Chaves Bastos