terça-feira, 19 de setembro de 2017

Vivendo e aprendendo a valorizar a acessibilidade

Há uns anos atrás em Petrópolis - RJ,  convivi com um grupo de aproximadamente trinta e cinco surdos para os quais esporadicamente fazia palestras, mas com os quais mais do que ensinar, aprendi a valorizar a comunicação e o contato com portadores de alguma deficiência física. Este amor por estas pessoas fez aflorar em mim um desejo de aprendizado, que transcendeu a área específica da surdez, expandindo-se a partir daí, o meu anseio pelo convívio com portadores das mais diversificadas limitações físicas, emocionais, mentais e etc.

O grupo específico aqui mencionado, foi criado em um ambiente religioso e tinha o nome de Ministério Efatá, palavra esta cujo significado traduzido do hebraico é: "abra-se", termo usado por Jesus ao restaurar a audição de um homem portador desta deficiência.
“Levantou os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá, isto é, Abre-te” (Mc 7:34).
Rampa de acesso sendo construída na instituição religiosa onde
estamos realizando o Projeto Vivendo e Aprendendo

Mas o que é importante afirmar aqui é que este encontro com aquele grupo de pessoas tão interativas, inteligentes e intensas, marcou a minha trajetória em relação ao conceito de acessibilidade, pois agreguei à minha vida o interesse e o senso de prioridade por portadores de dificuldades em relação ao acesso à educação, seja ela religiosa ou especialmente na área escolar.

Como professor que já fui em três instituições de ensino teológico: em Petrópolis - RJ, Cabo Frio - RJ  e Muriaé - MG e como contribuinte na área da educação, passei a instruir e formar opinião de líderes a respeito de questões relacionadas a acessibilidade, a começar pelas construções de rampas, banheiros adaptados, etc. para pessoas cadeirantes, deficientes visuais, dando condições a todos de frequentarem e transitarem onde desejam ou necessitam sem nenhum empecilho.

Crianças aprendendo a dançar 
Assim sendo, com  a visão de inclusão social e preparando o espaço para uma acessibilidade eficiente, recentemente implantamos o PROJETO VIVENDO E APRENDENDO, para atendermos à comunidade onde prestamos serviços sociais, além de aulas de artesanato para mulheres, dança para crianças, oratória  com o tema "a arte de falar em público", estamos também dando aula de LIBRAS para adultos, jovens e adolescentes (variando a faixa etária de 15 a 60 anos), aplicando os ensinamentos que adquirimos na UNINTER, adotando o Livro: Libras/Organizado pela ULBRA - Curitiba-PR,  ministrado no curso de Licenciatura em Filosofia.

Desejo afirmar que a experiência tem sido enriquecedora, mas complexa, apesar de que temos usado para facilitar, alguns aplicativos entre eles o Hand Talk, e o proDeaf . Têm sido muito útil também alguns sites de pesquisa, entres eles o dicionário de Libras também indicado pela UNINTER: http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras_3/


Enfim, a nossa grande expectativa é que possamos formar pessoas para contribuírem para o desenvolvimento social e que para isto todos nós, eternos aprendizes estejamos cada vez mais "VIVENDO E APRENDENDO". 


Abraços
Derciley



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